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domingo, 16 de janeiro de 2011

Fashion Rio Outono/Inverno 2011 - Resumo de todos os desfiles!



Durante a semana que passou a moda invadiu a cidade maravilhosa, com um dos eventos de moda mais importantes do país, o Fashion Rio. O blog montou um resumo dos desfiles entre o dia 11 e 15 de janeiro. Confira o que os estilistas apostaram para o outono/inverno de 2011.


Alessa Migani


Inspirada no universo dos doces, a estilista criou peças salpicadas de paetês marrons, que lembram brigadeiros, estampou confetes em T-shirts e fez questão de afirmar que tanta doçura é possível: várias camisetas e bijoux traziam a palavra Yes.
Nas formas, Alessa, que é fã do estilo 70´s, mais uma vez investiu em vestidos longos – que, aliás, foram uma das principais apostas das passarelas internacionais. Blusas cigana e mangas morcego se encaixam na mesma sintonia hippie de butique, e são modernizadas, vez ou outra, por blusas com pegada esportiva. Nos pés, ankle boots wedge com detalhes de pele lembram que a estação é gelada, ou pelo menos é para ser.






Filhas de Gaia



As estilistas Marcela Calmon e Renata Salles, que comandam a Filhas de Gaia, partiram da clássica história feminino versus masculino para construir a coleção de inverno da marca. Sendo assim, calças de alfaiataria fazem um contraponto a esvoaçantes tops de musselina; blazers dão vida a vestidos com maxifendas; e até gravatas enroladas fazem as vezes de colares. O macacão aparece como uma das apostas, assim como inocentes vestidos de vichy, que ecoam a tendência campestre, e que devem agradar as clientes da marca. Para acompanhar todos os looks, sapatos Oxford com salto.



Melk Z-Da

O pernambucano Melk Z-Da vem se firmando, temporada após temporada, como uma das melhores promessas da moda brasileira. Para o inverno 2011, trouxe muitos bordados, recortes e vazados em vestidos curtos, com mangas levemente infladas e silhueta seca. 
A inspiração veio de Fernando de Noronha, de onde ele importou a cartela de cores, com tons de areia, cinza, azul, amarelo e coral, além da ideia das texturas que lembram recifes e ouriços do mar. O único senão do desfile foram os casacos e saias feitos de cabelo sintético, com direito a grampo e tudo.



Patachou

 A mineira Patachou investiu em vestidos, com formas que partem da camiseta e evoluem para mangas drapeadas. Mas, se a silhueta é simples, o trabalho de textura merece destaque, trazendo placas de paetês aplicadas sobre vestidos, blusas e saias. O devorê é outro efeito bonito que apareceu e promete virar tendência.




Acquastudio



A estilista Esther Bauman apostou nos clássicos preto, branco, caramelo e cinza. Tudo super sofisticado. A elegância continuou nas peças – calças masculinas mais curtas, vestidos com volumes localizados, saias longas – e foi ressaltada pelo ótimo trabalho de texturas: pespontos, nervuras, paetês arredondados, canutilhos e cortes a laser. As superfícies com efeito, aliás, vão se firmando como uma das tendências mais fortes da próxima estação.
Na silhueta, vale destacar os modelos mais secos, feitos com lãs que lembravam feltro. Ponto extra para os sapatos do tipo Dr. Martens usados com meias com tachas. 


Maria Bonita Extra

Ana Magalhães, que está por traz da Maria Bonita Extra, se inspirou no universo da dança para criar a coleção de inverno 2011 da marca. Muitos tons de rosé e sapatilhas foram vistos na passarela, com salpiques de referências masculinas e esportivas nos looks. O contraste, por sinal, é uma das sacadas da coleção. O tempo todo, a estilista brinca com os opostos, seja de estilos, seja de tecidos. A sobreposição é outro recurso bastante utilizado, assim como a releitura dos clássicos trenchcoats e jaquetas Perfecto – que aparecem em versão colete, sem as mangas e são objeto de desejo.
Outras peças que devem entrar na wish list de compras são os cashmeres curtinhos, as saias longas e o lindo vestido cor de canela. Nos pés, sapatos Oxfords, que já pisaram em várias passarelas e devem continuar com força no próxima estação. 


Coven

Junte o tricô com uma porção de grunge e duas de sofisticação e, voilà, eis o espírito do inverno da Coven. Partindo da matéria-prima que é marca registrada da etiqueta, a estilista Liliane Rebehy criou calças curtas e lindos vestidos tubos, na altura do joelho, entre outras peças. As silhuetas se revezavam entre o justo e o levemente largo, caso de alguns casacos e das calças com o cavalo mais baixo, tipicamente masculinas. Nas texturas, o lurex ajudou a imprimir um ar mais sofisticado, assim como os trabalho que lembra tweed, uma ótima sacada. Entre as peças que provocaram desejo no ato estão o boyfriend jeans com a barra xadrez, o tricô destruído, os casaquinhos de onça e o jogo de aneis, do tipo soco inglês. Uma coleção urbana e elaborada.



Giulia Borges

Muito poá e pied-de-coq misturados a estampas de zebra, onça e tigre pode parecer over, foi o que super dei certo no inverno 2011 da estilista Giulia Borges. Com silhuetas 60´s, onde o mix de padronagens reina à vontade.
Vestidos em linha A aparecem em versão dividida, com uma estampa de cada lado; assim como texturas diferentes - devoré e pele - convivem em sintonia. Para completar, lacinhos e botões bijoux. O excesso dá certo e o resultado final é jovem e fresco, em sintonia com o DNA da marca.


British Colony

O estilista tem como mérito é unir o despojamento carioca a uma sofisticação natural, coisa que deixa as fashionistas ouriçadas. Saias longas, por exemplo, são feitas em seda e surgem na companhia de paletós boyfriend. Já as clássicas listras do estilo navy aparecem ao lado de pantalonas e bermudas-saias, bem setenta. Entre as peças de tons neutros, com pinceladas de vermelho e amarelo, surgem estampas tribais – boas opções para quem quer aderir ao estilo étnico de uma forma nova. Para finalizar, uma série de peças feitas de lã, em preto e branco, com recortes geométricos e pegada urbana. Um guarda-roupa completo, que tem tudo a ver com a festejada alma carioca, tema desta edição do Fashion Rio. 



Walter Rodrigues


O desfile, realizado no Instituto Superior de Educação do Rio de Janeiro, veio com toda a elegância clean que o novo minimalismo oferece. Preto e off-white intercalaram-se ou fizeram par na dualidade artesanal (blusas de tricô) versus tecnológico (casaco de musseline cortado a laser). Refinados maxivestidos ganharam um toque urbano com zíperes extensos, que iam de alto a baixo nos troncos e quadris. As calças vieram mais soltas e curtas, usadas com sandálias e meia – tendência que parece seguir forte.




Têca

Helô Rocha, a estilista da Têca, buscou no Japão e na lingerie da primeira metade do século 20 as referências para sua coleção de inverno. O tema oriental foi um dos maiores destaques das últimas semanas de moda de Paris e Milão. Os vestidos que partem das formas do quimono, feitos neste material, não à toa, são as melhores peças do desfile, fincado o tempo todo no contraste da silhueta mais ampla, oriental, e da justa, acinturada por corsets. Para completar, botas wedge e uma série de bijoux feitas com pedaços de porcelana, como xícaras de chá.


    


Totem

Fred d´Orey, o diretor criativo da Totem, viajou no túnel do tempo e desembarcou na América da década de 1970. Com a música soul no último volume, fez looks quase literais da época: calças boca de sino, saias longas e uma overdose de tricôs com lurex – dos prateados e dourados aos coloridos, em um padrão que lembra argyle. O crochê, também muito explorado na moda seventies, é outra aposta e aparece em macaquinhos, shorts e nas toucas, meio estilo jamaicano. Para completar o pacote, estampas psicodélicas, tops que deixam a barriga à mostra e sandálias rasteirinhas. Paz e amor. 




Printing

A estilista Márcia Queiroz, da Printing, acabou de mostrar que o inverno não precisa ser boring, nem resumido a tons de preto e cinza. Pelo contrário. Justamente para fugir do óbvio, ela mergulhou em uma cartela de cores fantástica, uma de suas referência foi o livro Viagem ao centro da Terra. 
Azul Royal, amarelo limão, verde floresta, coral e Pink explodem em tons vibrantes e dão vida a saias longas assimétricas, casacos e vestidos.
Não satisfeita, Márcia deixou tudo ainda mais chic graças aos trabalhos de texturas. O georgette navalhado, por exemplo, deixa revelar paetês escondidos – um jeito mais novo de usar o brilho. Já bordados de cristais e vidros do tipo Murano enriquecem recortes, bolsos e barrados de vestidos feitos a partir das formas clássicas dos suéteres e cardigãs. 
Destaque ainda para o trabalho com penas, que surgem em boleros, vestidos e detalhes.







TNG



A TNG acelerou rumo a Rota 66 e foi até os anos 1950 buscar inspiração para o inverno 2011. Do movimento Beatnik, pegou emprestado o estilo que norteou a coleção, pautada pelo contraste masculino versus feminino. 
Do guarda-roupas dos meninos, a equipe de estilo resgatou o boyfriend jeans, o paletó e as camisas com formato mais quadrado e ombro fora do lugar, como se fossem alguns números maiores. 
Já do universo feminino 50´s, ganharam destaque as saias godês e as calças justas, com a cintura alta, além da estampa de Poá, com ou sem efeito lavado, nos tons de azul índigo e cereja. 
Para reforçar a referência, o livro On the Road, de Jack Kerouac, um dos ícones do movimento beat, a etiqueta de Tito Bessa Jr. apostou no nas lavagens desgastadas, que deixam as peças, bem comerciais, com aspecto envelhecido. 



Cantão

Em meio as árvores do Parque Lage, no Jardim Botânico, a Cantão mostrou uma coleção de inverno otimista, repleta de peças confortáveis e cheias de cor. As silhuetas são amplas, oversized, e os tecidos típicos da estação, como a lã e o veludo, ganham ora o colorido e a meiguice da estampa liberty, ora respingos de tinta, que ecoam o trabalho da artista plástica norte americana Maya Hayuk, uma das referências da equipe de estilo. A calça de sarja verde com esse trabalho era uma das peças mais bacanas: jovem e fresh. 
O tricô, material que apareceu com força nesta edição do Fashion Rio, surge na Cantão acompanhado de fios de lurex, que emprestam brilho à trama. Nos acessórios, chamam a atenção a fofíssima galocha estampada, os óculos moderninhos e as mochilas, opções para as moças aventureiras, que dispensam bolsas. 





Coca-Cola Clothing



A Coca-Cola Clothing voltou às passarelas do Fashion Rio com uma coleção de inverno pensada para as garotas que tomam a versão light do refrigerante. Ou seja, para as bem magrinhas. 
Não à toa, as silhuetas são ultrajustas: calças skinny com lavagens diferenciadas, bordados ou glitter; vestidos curtos, que deixam todas as curvas à mostra, e microshorts. Tudo, claro, bem sexy. 
Para acompanhar, tops e casacos de tricô de couro e macramê, além de um paletó de glitter prata. Na cartela de cores, tons alaranjados e azuis lembravam as nuances do céu – a inspiração era uma viagem pelo deserto da Califórnia.



Redley



E do cardigã nasceu o inverno. De um exercício de desconstrução e reconstrução da peça, a equipe de estilo da Redley criou vestidos que passam a sensação de casulo e casacos. Tudo em sintonia com a proposta de múltiplos, que podem ser usados de várias maneiras. 
Desconstruídas e em camadas, as roupas privilegiam o conforto e têm um forte DNA urbano, meio andarilho. Sendo assim, nada mais natural do que as calças sarouel, com o cavalo baixo, os coletes com pontas irregulares, os tênis, as mochilas e as muitas regatas. 
A escolha dos tecidos naturais, com o algodão e o linho dominando a cena também ajudaram a reforçar essa ideia. Para finalizar, detalhes esportivos: decote nadadora e vários zíperes nas jaquetas.






Espaço Fashion



A marca carioca se inspirou nas emoções, no afeto, para criar as peças da coleção do inverno 2011. E como uma referência tão subjetiva foi traduzida na passarela? Bom, em forma de patchworks e junções/torções de tecidos. 
A ideia era mostrar em vestidos longos e amplos como funciona a nossa memória, repleta de pedaços de lembranças. Talvez por isso, a equipe de estilo da marca também tenha lançado mão de uma cartela de cores esmaecida, aquarelada, envelhecida. Neutros amarronzados, azuis, rosas, amarelos, laranjas, cinzas e verdes deram vida a tops, saias e calças skinny, além dos já citados vestidos. 
Todas as peças eram bem soltas, desestruturadas e cheias de contraste - brilho versus opaco; leve versus pesado. Na estamparia, pinturas abstratas e rabiscos. O resultado final lembra a estética homeless, mas em versão bem chic. Sim, na moda o paradoxo é possível.



New Order

No inverno da New Order, a bailarina encontra o soldadinho de chumbo. O resultado? Uma overdose de botinhas molengas, coturnos e sapatos (anabelas, escarpins etc) que partem da forma da ballerine e aparecem no tradicional verde oliva, no rosé ou com um camuflado de cristais. 
Para acompanhá-los, mochilas de cetim, bolsas do tipo saco ou carteiro, tudo bem utilitário. O que mais chamou a atenção, porém, foi a quantidade de roupas que a marca de acessórios mostrou na passarela: camisas, tricôs e saias rodadas. Será que a etiqueta planeja ampliar os negócios?



Nica Kessler



Nica Kessler é uma romântica assumida. Justamente por isso, suas peças têm sempre um ar doce, ingênuo. Neste inverno, ela continua por esse caminho, mas tropeça nas formas, que parecem um pouco datadas. 
Vestidos com comprimento na altura do joelho e ombreiras, além de saias justas com a cintura alta, usadas com camisas, deixam tudo sério demais, meio traje de escritório, mesmo que as estampas sejam inspiradas em Mary Poppins, com suas flores, guarda-chuva e carrossel. 
O visual antigo é reforçado pela beleza do desfile – cabelos volumosos, sombra metalizada e batom rosa – e pelo excesso de acessórios. Tudo meio anos 1980. As melhores peças eram as mais fluidas, caso dos vestidos com mangas compridas do final.






OEstudio


O coletivo Oestudio levou para a passarela do Fashion Rio uma coleção engajada: o casting era só de modelos afro-descendentes e a ideia por trás das roupas era a miscigenação e a cultura negra. 
Mas, discurso à parte, o que sobra é uma série de peças confortáveis, com apelo street. Feita em parceria com os alunos da OI Kabum!, uma escola de arte e tecnologia patrocinada por uma operadora de celular, a coleção conta com macacões (peça-chave), calças mais curtas (outra tendência), chemises e vestidos longos de malha. 
Efeitos de tingimentos – a “tinta branca” que escorre do rosto da modelo para as peças –, e de textura – uma das pantalonas parecia plastificada – deixaram tudo mais interessante.







Andrea Marques



Andrea Marques sempre foi associada ao romantismo – desde os seus tempo à frente da Maria Bonita Extra. Neste inverno, porém, a estilista deixou a meiguice um pouco de lado e investiu na imagem de uma mulher mais madura. Ponto para a moda. 
A coleção parte do desejo de Andrea explorar o besouro. Mas do inseto ela só importou o brilho das carcaças e as estampas que lembram as cores e os desenhos das asas. As formas têm pinceladas dos anos 1970, revisitadas. O pijama, por exemplo, tradicional conjunto de túnica com calça, ressurge em versão mais moderna, sem a boca de sino. Camisas de seda com laço, malha canelada, saias com fendas e os vestidos com mangas compridas são outros exemplos de peças que fazem eco à década. 
Para completar, tricôs com brilho de lurex, transparência e uma série de vestidos com a saia bem ajustada, do tipo lápis, que não favoreciam o andar das modelos, mas que com certeza contribuem para esse estilo mulher madura de ser.



Lucas Nascimento

No seu terceiro desfile no Fashion Rio, Lucas Nascimento continuou explorando o tricô como poucos criadores. Dos fios, nasceram bermudas ciclista, tops e vestidos com formas arredondadas, cintura marcada e estrutura tão rígida que chega a lembrar o neoprene. 
O estilista, radicado em Londres, também brincou com a percepção e criou vazados que revelavam partes do corpo e davam vida a desenhos geométricos. O trabalho invoca o contraponto peso versus leve, bastante explorado nesta temporada. 
Uma coleção chic, a começar pela cartela de cores, que parte de tons verde-água, e super bem editada: dos acessórios às combinações de peças, nada ficou fora de lugar. 


Ausländer



A coleção de inverno da Ausländer foi inspirada no filme Na Natureza Selvagem. Daí o casting de modelos masculinos com barbas, as camisetas estampadas (carro-chefe de vendas da etiqueta) e os looks meio lenhador. 
Na passarela, uma série de vestidos de couro fake e muita pelúcia, também em sintonia com o clima wild. Apesar do trabalho ter o mérito de ser ecologicamente correto, a pelúcia nem sempre funciona – brilha demais e engorda em alguns casos, como na saia. 
Os casacos e capas de feltro de lã em tom caramelo eram as peças mais bacanas. Nos pés, destaque para os tênis Converse feitos com tecidos da marca. Uma coleção comercial, que reflete o momento da etiqueta, recém comprada pelo grupo Farm/Animale. 


Fonte: Revista Elle



7 comentários:

  1. Um dia espero estar presente também aí...
    AMEI o post <33

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  2. Oi lindona...
    tava sumidinha la do blog!!! que bom que apareceu!!!
    adorei o blog novo viu!
    vou seguir e colocar la nos meus favoritos!
    beijinho pra vc, ve se aparece!

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  3. Post completo hein??? Lara, difícil achar um preferido! Gostei de muitossss! Bjs.

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  4. Quanta coisa! :D Teve umas coleções que eu realmente adorei, agora outras, nem tanto, rs.

    Adorei o post!

    www.batomnosdentes.blogspot.com
    Beijocas, Maria Luiza

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  5. Cantão, Coven,Tng e Walter Rodrigues me deixaram sem ar,adorei!!
    bjbj

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  6. Eu amei TNG e fihas de gaia, já queroooooooooo!
    xoxo, cherry

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  7. não teve nenhum desfile que eu amei do início ao fim, mas gostei de algumas tendências de algumas marcas. com certeza o couro, os paetês, a transparência e os tecidos molinhos. ;)

    bjoo

    www.armariodemadame.blogspot.com

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